quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ontem não teve

aula na escola. O silêncio por toda a tarde tomou conta dos corredores, salas, corações Havia um nada,que fazia doer. As crianças bagunceiras e irritantes me faziam até falta. Aonde estavam os meninos correndo, se estapeando, se chingando?  Aonde eu estava? Aonde estava tudo, tudo o que sempre acontecia?
   Uma criança, 11 anos, uns dos poucos que me faziam acreditar que valia a pena. Corrigi sua prova agora pouco, tirou a nota integral, não que isso seja muita coisa.Mas é o que me coloca na história, como a professora que conviveu pouco e nem percebeu o que seus olhos desesperados diziam.
      Um bom menino.Mas que não viram, não ouviram.Que eu não vi.

domingo, 12 de setembro de 2010

Ah...pro inferno com tanta baboseira!

Faz tanto tempo que não apareço por aqui,  pensei até em postar algo sobre minha alegria deliciosa de ser mãe, de ter agora uma razão mais gostosa e palpável para viver. Pensei mesmo em escrever poemas, textos alegres, palavras bonitas. Mas acontece que é foda ter que admitir, mas a gente só acaba postando mesmo quando tá triste, angustiado, estressado, de saco cheio. Quando se está feliz, o dia passa tão rápido que você nem lembra de vir até o computador.
Pois então, hoje é um desses dias de porre...Domingo a tarde, sol lá fora, e você lendo horas e horas artigos acadêmicos sobre livros didáticos, escolas, alunos.Os textos são meio chatos, sim é verdade. O povo tem medo de assumir, mas os textos são chatos sim! Sejamos sinceros.
Mas o que realmente estressa não é a linguagem acadêmica, ou as teorias complicadas, o que revolta mesmo é perceber que no fundo tudo parece tão abstrato.Ou vai dizer que quando você chega na escola, todo empolgado com seus conhecimentos históricos, com sua pedagogia (e blá, blá, blá )pra dar uma aula no mínimo diferenciada , e percebe que a escola em que você está não é aquela que o artigo mostrava, que os alunos não são aqueles felizes e bem alimentados e que todo o resto não se encaixa em nada que você leu, você também não fica puto da cara?
Ah quer saber pro inferno com toda essa baboseira! E quem sabe, algum professor  me diz, o que eu faço quando meus alunos se preocupam mais com a merenda da escola, do que com qualquer outra coisa que esteja nela.
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