quarta-feira, 26 de maio de 2010

Quase perda.

E como o tempo demora tanto a  passar
comecei a falar com as paredes, 
cinzas do quarto de hospital.
Elas me gritavam a melancolia escondida 
das dores de outras pessoas...
Mais uma vez senti o medo me subir pela espinha,
medo de perder o que ainda não tenho,
o que ainda não vi, nem toquei.
E  que mesmo assim me pertence tanto,
do inicio até o fim.
O que mais surpreende,
é que perante a simples hipótese da morte,
tudo o que era importante, 
encolhe até quase desaparecer...
E o presente ganha uma presença 
que nunca teve antes.
O sentido da vida,
 se dependura no sentido da morte.

Um comentário:

  1. Sem duvida nenhuma. O seu melhor texto. Incrivel. São sensações.
    O que me dói, são as circunstâncias em que você escreveu ele...

    Torço por vc e pela vida que vc carrega dentro si.
    De coração.

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